sábado, 28 de novembro de 2009

Arrogante? Quem?

Começo meu post neste blog com a seguinte citação de Torres Pastorino:

Nada existe de mais frágil que uma criatura iludida a seu próprio respeito.

Isso me explica muita, muita coisa. Conheço algumas pessoas assim, cujo nome não citarei por ética. Elas talvez nem cheguem a ler isto aqui. Não me importo. O importante é poder soltar a voz, transformando meu sofrimento num belo texto.

E para ser belo, nada como uma boa ironia, um bom sarcasmo e uma concentração muito "preocupante" de acidez. Prossigamos.

Estes arrogantes tem uma péssima, péssima mania. Alguns auto-intitulam-se professores, mas borram suas calças de medo de perguntas e questionamentos. Experimente dizer-lhes que X é Y: eles se sentiram ofendidos! Nada edificante, devemos dizer.

O engraçado é que eles vivem a citar filosófos (como Nietzsche), dizendo para rirem de si mesmos, como se tivesse o poder de aceitar críticas construtivas. No entanto, quando não sabem responder, ficam acuados. Violentos. Defensivos. E até vomitam palavrões, como se tivéssemos dado-lhes uma autorização por escrito para poder pronunciá-las. Não gosto de Jesus, não nego. Mas ele falou algo direito, que era mais ou menos assim: "A boca diz aquilo que está cheio o coração".

Não nego. Sou ácido, agressivo. Violento e irônico. Sádico até. Quem ler meus textos pode perceber isso. Mas não sou a droga de um hipócrita que se faz passar por um bom professor ou aluno.

Sou bom aluno. Eu respeito meus professores, reconheço sua autoridade. Se lhes faço perguntas, desejo ajudar a avançar a aula. Minha dúvida pode ser a de outros. Se nego uma de suas palavras, é porque estou querendo saber porque estou errado: ou porque você está mesmo errado.

Às vezes estou errado? Sim, com certeza. Nunca me disse dono da verdade. Há quem me diga sim que estou sempre certo e eu nego veementemente. Permito-me aprender o que não sei.

No entanto, eu tenho um compromisso. Não um compromisso com a droga da aula ou com os outros alunos. Eu tenho um compromisso com a Verdade. Buscar a Verdade, onde ela estiver, é mais importante do que o respeito que você tenha por mim ou o seu ego sensível que não admite uma simples crítica sem que você regurgite barbaridades.

Se interrompo sua aula, é porque o senhor interrompe também meu raciocínio. Se interrompo um aluno, é porque ele me interrompe. Vocês simplesmente não sabem que quando um fala, o outro deve escutar. Para vocês, isso é tudo uma disputa. Vocês estão disputando pra ver quem tem a verdade. E no final o professor sempre tem que ganhar, porque é o professor.

E eu sou o dono da Verdade?

Meus caros, tomem consciência! Vocês não vão se tornar donos da Verdade gritando, falando besteiras e cuspindo insultos. Vocês nem mesmo tornar-se-ão donos da Verdade, porque ela não tem dono.

Doa a vocês se quiserem, mas é a Verdade a dona de vocês. E é por isso que vocês estrebucham, choram, esperneiam, quando estou por perto. Porque eu falo a Verdade. Não tenho papas na língua. Não tenho dó de suas imagens idealizadas a seus próprios respeitos. Repito: meu compromisso é com a Verdade. Não com vocês.

E eu não sou Dono dela. Sou seu Servo. É melhor reinar no Inferno do que servir no Céu, mas é melhor servir na Verdade, do que reinar na Mentira e na Ignorância, como vocês.

Sejam felizes com seus títulos de doutorado, com seus empregos fúteis, com suas coroas de ouro. Eu serei feliz falando a Verdade. Toda a Verdade e nada mais e nem menos que a Verdade.

Passar mal. Muito mal.

Ashmedai,
Rei dos Demônios

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